quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A história de Hrötgar "Gonçalo" Punhos-de-Ferro, para o RPG


Embora todos saibamos que elfos rules, temos que reconhecer que a história do Gonçalo, para a próxima aventura de RPG da Torre Branca, é de arrasar.

Nem é uma montagem de personagem. É uma fanfic.


Aqui está ela:


Eu sou Hrötgar Punhos-de-Ferro e o mundo não é o bastante para mim. Sou um anão da raça dos Barba-de-Fogo, sou forte e troncudo, meus cabelos e barba são ruivos como as chamas. Tenho a fisionomia emburrada, a tradicional cara de "poucos amigos".

Nasci no próspero ano de 2942, logo após a reconquista de Erebor e morte do grande verme, Smaug. Fui um dos primeiros anões a nascer em Erebor após sua reconquista e para todos os anões nascidos naquele ano em Erebor foram feitas grandes profecias. Sou filho de Wiglaf, o artífice de Erebor, o maior dos mineradores da Montanha Solitária, meu pai tem muito prestígio com o Senhor Dain e sempre consegue uma vaga para mim falar com o Rei em suas audiências. Meus tios são comerciantes natos, o mais famoso deles é Oberon, que tem negócios tanto com os homens de Valle quanto com os elfos da Floresta das Trevas.

Diferentemente da minha família, não tenho tanto apreço pela minas ou pelo comércio, pois entre todas as artes em que os anões se especializaram, não é nem a arte da Forja, nem a do Lucro que mais aquece meu coração, mas sim a arte da guerra. Ao contrário do que pensam os druidas do meu país, me sinto um desafortunado, pois todas as guerras acabaram. Não tive oportunidade de participar da Grande Guerra entre Anões e Orcs nas Montanhas Sombrias (como meu bisavô Hreidmar e avô Andvari), tampouco na Batalha dos Cinco Exércitos (como Andvari e meu pai Wiglaf) na reconquista de Erebor. Sou um guerreiro sem guerra e isso entristece meu coração.

Apesar de ser um guerreiro, como todo anão sou muito ganancioso, e o ouro fala com meu espírito como como a Mãe Terra fala com meus pés. Mas minha maior ganância é mesmo pela glória, e meu maior sonho é realizar feitos dignos de boas canções para que os bardos possam cantar meu nome por mil anos!

Quando eu tinha quase 50 anos, em 2989, Balin de Erebor conseguiu convencer um grande número de anões a partir para fundar uma nova colônia em Moria e assim reconquistar Khazad-dûm, como eu era muito novo na opinião dos druidas não pude ir e passei os próximos 10 anos me dedicando a arte da forja para poder construir meu próprio Martelo-de-Batalha, pois minha hora há de chegar. Finalmente concluí minha obra, e criei minha obra-prima, uma arma inexpugnável, e chamei-a de Forkhazdur, a "Bigorna do Norte".

Fui expulso do exército de Erebor por indisciplina, mas não podia deixar por menos. O capitão da minha guarda Otr ofendeu o nome de minha família quando disse que meus antepassados só guerrearam por obrigação imposta pelo exército e pelo rei e não por coragem ou pela arte. A prova disso, segundo Otr, é que meu bisavô Hreidmar morreu jovem na Batalha de Azanulbizar pois lutava sem determinação. Mas Hreidmar Punhos-de-Ferro foi um dos anões cremados e não pude deixar um bêbado ignorante ofender sua memória. Assim desloquei o maxilar de Otr três vezes para garantir que jamais daquela boca possa surgir qualquer palavra que denigra a nobre casa dos Punhos-de-Ferro. E assim fui expulso do exército.

Para me consolar, meu tio Oberon, me deu uma corneta feita pelos elfos de Lórien, conseguida num de seus negócios, ela se chama Röac, a Trompa de Lórien. Os elfos dizem que a corneta é magicamente poderosa, e tem tanto o poder de convocar os amigos em horas de extrema necessidade, como o de instalar o caos e o medo no coração dos inimigos. Eles gravaram na corneta em runas de Daeron as seguintes palavras: "Naugnór, nu luini yassen tintilar i eleni ómaryo", que significam: Anão de Fogo, com isto mesmo as estrelas tremerão na canção de sua voz".

Estou tentando convencer o Rei-sob-a-Montanha a mandar reforços para Balin há muitos anos, mas o Senhor Dain não me escuta nas audiências e a cada dia fica mais soturno. Ultimamente tem cancelado as expedições para fora de Erebor e aumentou significativamente as taxas para o comércio exterior a fim de manter o maior número de anões possíves dentro da montanha, se não todos. Hoje só é permitido ir até Valle, mas é preciso voltar antes do por-do-sol.

Alguns meses antes do Senhor Dain ficar paranóico, convenci um grupo de amigos a buscar renome no Norte, nas Montanhas Cinzentas, pois é sabido que o reino dos anões da Casa dos Barba-Bífidas foi invadido e saqueado pelo dragão Spirópulos, o obscuro. Minha expedição fracassou e todos os meus companheiros foram brutalmente assassinados pelo verme, eu golpeei uma das asas do monstro algumas vezes com Forkhadur, meu martelo-de-batalha, mas a fera incendiou todo o salão e desapareceu antes que eu pudesse concluir o serviço e esta é minha maior culpa. Entretanto, antes de voltar a Erebor sozinho, amaldiçoei o demônio e jurei matá-lo antes do fim, e tirarei um dente do lagarto para cada amigo que perdi e com eles farei uma ostensiva coroa.

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